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Review of by Conor M — 20 Mar 2018

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Combinar uma história de amor e comédia com o Holocausto não soa tarefa fácil, mesmo para os melhores cineastas. É necessária uma certa dose de bravura e originalidade para que o projeto não caia em desgraça, ou pior ainda, desonre aqueles que sofreram crueldades inimagináveis. Roberto Benigni, realizador, coargumentista e protagonista de La vita è bella, parece ter nascido para produzir esta obra, uma fábula sobre a determinação do espírito humano nas mais precárias circunstâncias.

Tudo começa em Itália, no final dos anos 30', e a história segue Guido (Roberto Benigni), um empregado de mesa num hotel com uma personalidade altamente carismática. Amigo de um médico alemão (Horst Buchholz) que vai regularmente ao hotel onde trabalha, ambos partilham o gosto por adivinhas, mas é Dora (Nicoletta Braschi, sua esposa na vida real), a mulher com quem se encontra quando menos espera, que lhe conquista o coração.

Guido e Dora estão casados e com um pequeno de 5 anos (Giorgio Cantarini), mas depois de um período de felicidade, em 1945, perto do fim da guerra, Guido e o seu filho são levados para um campo de concentração. Guiado por uma imensa determinação, Guido inventa um jogo para desviar a atenção do seu filho perante o cenário brutal, para que não perdesse a pureza característica da juventude.

Como disse o poeta italiano Dante Alighieri: "Não há maior tristeza do que recordar na miséria os tempos em que fomos felizes". É segundo esta máxima que Benigni assenta o seu filme em duas partes, uma pura comédia e outra agridoce. A narrativa começa por expor Guido como um autêntico humorista com influências de Chaplin, mas nas entrelinhas das cenas a ameaça do fascismo é palpável. O seu comportamento antiautoritário, aliado à imaginação, fazem com que seja uma personagem magnética. Torcemos para que tudo lhe corra bem antes de a tempestade começar.

Enquanto pedaço de ficção, Benigni retrata o campo de concentração com leveza para servir os propósitos do argumento (há apenas uma imagem assombrosa de esqueletos empilhados). A história de amor continua, mesmo separado da sua mulher, à medida que Guido utiliza as suas perspicazes capacidades humorísticas para defender o seu filho da brutalidade que se vive nos arredores. É essa perseverança nos tempos mais negros a grande mensagem da narrativa de La vita è bella.

Vencedor dos Óscares de melhor filme estrangeiro, melhor ator e melhor banda sonora em 1999, entre outras distinções, Benigni deixou a sua marca no cinema. É uma produção italiana que comove sem o apoio do sentimentalismo e testemunha a convicção do ser humano quando a esperança é tão frágil como a inocência de uma criança. Um equilíbrio notável.

9/10.

This review of Life Is Beautiful (1997) was written by on 20 March 2018.

Life Is Beautiful has generally received very positive reviews.

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